Biografia
Sou Kátia Regina Barreto Santos, tenho 36 anos, sou casada com um homem que sempre me insentivou a estudar, tenho um lindo filho de 11 anos, sou professora, graduada em Letras Vernáculas pela Universidade Católica do Salvador, moro em uma pequena cidade do interior da Bahia chamada Ubaíra, sou realmente apaixonada pela área educacional, sou de uma turma de 4 irmãs, três são assistentes sociais e só eu sou professora, isto demonstra o quanto gosto do que faço. Tenho consciência que as barreiras são muitas, desafios diários, emoções a flor da pele, mas o amor pela educaçõa vem mais forte. Gosto de entrar na sala de aula e encontrar meus amigos-alunos, gosto de conversar e repartir com eles os meus conflitos pessoais(quando oportuno) e os profissionais. Eles me dão força, me dão auto-estima, isto é o que me faz continuar. Recentemente resolvi fazer outra graduação na área de Serviço Social, não que eu queira deixar a educação, mas o meu objetivo maior é tentar trabalhar o Social com o educacional, tentar exercer uma outra profissão dentro da área educacional e não vi melhor do que Serviço Social. Quero poder fazer um trabalho social com meus alunos e para isto estou me aprofundando ainda mais. Gosto muito de estudar, gostaria de ter mais tempo para dedicar-me aos estudos, gosto de ler para mim e para meu filho, gosto de buscar o desconhecido, desvendar as letras para poder entender o mundo.Esta sou eu!
7 de março de 2010
Biografia da professora formadora Kátia Regina
11 de janeiro de 2010
De inquietações

Não costumo passar minhas noites de domingo assistindo ao Fantástico, mas ontem isso aconteceu. E uma reportagem em especial me assustou muito e me deixou extremamente preocupada e reflexiva: o lixo nos oceanos. Fiquei tentando entender como poderemos ser menos cancerígenos ao nosso planeta. Como? E me lembrei de um cara, de um homem simples e, ao mesmo tempo, exageradamente importante para a nossa História. Um intelectual como poucos de nosso tempo. Um cara respeitado e honoris causa em nada mais nada menos que 28 universidades entre as maiores do mundo. O revolucionário Paulo Freire. E pensei: por que não (re)ler Educação como prática da liberdade? Essa foi a primeira obra de Freire e nela o autor define o homem como um ser inacabado e defende uma educação realmente transformadora, já que, para ele, o homem é sujeito e não objeto da Educação. As concepções de Freire sobre o ser humano [SEMPRE] lançam luzes para nós, professores, ou para gente inquieta como eu com a situação socioambiental em que nos encontramos.
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Se nossa sociedade caminha para uma piora quantitativa da qualidade de vida e para um consumo cada vez mais exacerbado, não temos saída?! A recente Conferência de Copenhague foi um passo decisivo para entendermos que apenas fazendo a nossa parte não basta. Se os países mais ricos e, consequentemente, mais industrializados não fizerem a parte deles, e se todos os governos não unirem esforços para a criação de leis mais severas para agentes poluídores, não encontraremos caminho menos fracassado em questões socioambientais. Se, por exemplo, não forem altamente taxados aqueles veículos que poluem mais por serem mais antigos, os governos estarão colaborando para mais poluentes no ar. Se não forem rigidamente punidas as indústrias de papel que não reciclam ou que não promovem reflorestamento... Se os supermercados não forem punidos com multas altas por utilizarem sacolas plásticas... Se os órgãos públicos não forem obrigados a utilizar papel reciclado, luz solar direta e coleta seletiva de lixo... Se as prefeituras não multarem pessoas que jogam lixo em local indevido... Se as indústrias de pneus... Se... São tantos ses!
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Mas eu acredito em Educação como prática da liberdade. SIM! Por isso fui reler Paulo Freire. Obviamente que a década de 60 em que Freire instituiu seu projeto de educação de jovens e adultos era muito diferente dessa primeira década de nosso século XXI. Entretanto, os fundamentos freireanos para se enxergar o humano como um ser interventor e transformador ainda devem vigorar. Toda a sociedade deve estar envolvida nesse projeto educacional - governos, inclusive. Porque uma grande parte da responsabilidade de todo esse desastre em que nos encontramos é um trinômio simples e cancerígeno que se encontra em constante metástase: neoliberalismo + > necessidade de ter + < valorização do ser = consumismo. Esse trinômio pode ser modificado se, em primeiro lugar, o Estado passar a intervir mais nas sociedades por meio de uma Educação realmente libertadora, de uma Educação que estimule a consciência que habita cada um de nós, de uma Educação menos tecnicista, menos convencional e mais dialógica, de uma Educação que modifique comportamentos, que liberte e, em consequência, começarmos a valorizar o ser em detrimento do ter . * Paulo Freire criou seu método para a realidade brasileira. Ele insistia em refletir sobre nossa condição histórico-cultural e salientava que essa nossa base reflete-se, e muito, em nós ainda hoje: o "aumento da riqueza não está somente relacionado com o desenvolvimento da democracia para alterar as condições sociais dos trabalhadores; na realidade, ela atinge também a forma de estrutura social, que deixa de ser representada como um alongado triângulo para transformar-se num losango com uma classe média sempre crescente. A renda nacional relaciona-se sempre com os valores políticos e o estilo de vida da classe dominante. Tanto mais pobre seja uma nação, e mais baixos os padrões de vida das classes inferiores, maior será a pressão dos estratos superiores sobre elas (...) Na medida, porém, em que as classes populares emergem, descobrem e sentem esta visualização que delas fazem as elites, inclinam-se, sempre que podem, a respostas autenticamente agressivas" (Freire, 2003, p.94). * Fica claro, assim, nesses pensamentos de Freire, que o aumento da desigualdade socioeconômica é um problema grave e responsável, em grande medida, por várias das crises que hoje se instauram no planeta. Como minimizar esse problema? Por meio de uma verdadeira democracia que vem acompanhada de um processo de Educação que visa a compreensão da realidade para transformá-la.
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Imagem: internet
Aqui está a reportagem do Fantástico.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003. (disponível no 4shared.com para download)
8 de janeiro de 2010
E aí educador?!
A educação ainda é o caminho para a diminuição da desigualdade social que assola não só o nosso país, mas a maioria dos países subdesenvolvidos. Países subdesenvolvidos, pois povo educado, “alfabetizado”, estuda, analisa, reflete e busca soluções para os seus problemas, sejam eles políticos, sociais ou financeiros. A educação desmistifica, fecha as portas da ignorância, não a “educação letrada”, mas a de leitura, reflexão, pesquisa, projetos. É difícil conscientizar as camadas privilegiadas da sociedade da importância e da necessidade de investimentos consideráveis na educação, do respeito ao educador e do reconhecimento do seu trabalho. Vi uma reportagem que dizia que todo médico no nosso país é chamado de doutor, um juiz é chamado de doutor, um advogado é chamado de doutor, mas que estes profissionais não são doutores pelo simples fato de terem terminado uma faculdade, um doutorado requer muito mais. O tratamento e a referência a estas pessoas, com este título de doutor está enraizado nas nossas vidas e vem desde a nossa colonização. Temos excelentes doutores na área da educação, mas não são chamados de doutores por onde andam pelo simples fato de serem profissionais da educação! Falta respeito, reconhecimento e conhecimento por parte da população acerca disto e nós, professores, responsáveis pela educação, também não lutamos por melhoria e reconhecimento. Hoje se prega o crescimento do índice do IDEB, pois isto nos elevará a categoria de nação escolarizada, escolarizada mesmo, pois da forma como estamos tratando a educação e "fazendo educação", faremos com que o índice do analfabetismo funcional se eleve também!
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Reflexão acerca do texto de Marcos Bagno PAÍS EMERGENTE, EDUCAÇÃO SUBMERSA...- Abril de 2009
Texto originalmente publicado em 04.07.09 no blog Gestar.Cris, da formadora Cristiane da Cruz, de Campo Formoso - BA.
9 de dezembro de 2009
Moinhos de Vento
A outra parte da família é toda ligada à área de educação. Minha mãe foi professora, minha irmã é professora, meu irmão é professor e por isso tive contato muito cedo com livros. Minha mãe é uma devoradora de livros e o que nunca faltou na casa em que eu cresci foi uma estante cheinha deles que era abastecida a cada mês com a visita de Pedro. Ah! Como ele me fazia feliz. Como naquela época não existiam muitas livrarias, até hoje em minha cidade não tem (é meu sonho de consumo ter uma), o Pedro vinha de Minas vender livros pelas escolas aqui de Potiraguá e como minha mãe trabalhava em uma delas, quando ele chegava mandava me chamar e eu amava aquilo tudo: caixas de livros, coleções, livros infantis...
Meu primeiro "O Pequeno Príncipe" era mineiro. Viajou de Belo Horizonte até aqui só para me ver. Livro de criança que nada, até hoje é a minha releitura preferida.
Sempre gostei de coleções, ficava maravilhada com todos aqueles livros com capas iguais. Uma vez, em meados de 88, implorei minha mãe que me desse a coleção de Eça de Queiroz (confesso que não consegui ler todos até hoje), só porque eram todos encadernados de verde e branco, muito lindos, os tenho até hoje na minha estante que por sinal é a mesma que foi de minha mãe.
E assim se passaram muitas coleções na minha vida, de Sheldon aos imortais da literatura com os clássicos que também são minha paixão: Germinal, Os Três Mosqueteiros, As Viagens de Gulliver, Dom Casmurro, O Morro dos Ventos Uivantes e tantos outros.
Mas leio também literatura barata, não tenho vergonha de dizer. Nós temos que ler o que gostamos, o que nos dá prazer. Já tive fases de "Sabrina", de paixão por Paulo Coelho, enquanto não lia todos não sossegava, sempre gostei mais de literatura americana do que brasileira, não consigo ler Jorge Amado e acho que ninguém deve exigir que gostemos de algum autor ou livro só por causa das convenções.
Livro é como uma relação que você tem com outra pessoa. Você pode ser amigo, gostar um pouco, gostar muito, detestar, não suportar, amar, apaixonar-se perdidamente e até fazer loucura por ele. Dom Quixote por exemplo é o meu amante incondicional, paixão que nunca vai passar, daquelas avassaladoras.
Quando o livro "A menina que roubava livros" foi lançado tive lembranças que me fizeram dar risada, porque eu sempre falava que a única coisa que eu era capaz de roubar era livros. E já o fiz uma vez, mas essa é outra história. A minha relação com os livros é assim, totalmente possessiva, adoro tê-los perto de mim, não gosto de emprestá-los, pois tenho medo que encontrem um lugar melhor e não voltem e odeio devolvê-los quando empresto de alguém.
Parece meio louco não é? É pessoal, quixotismo pega.
Izis Thame
16 de novembro de 2009
O que realmente nos faz aprender?
Pensando sobre a aprendizagem, que é o foco principal da educação formal (e acho que da vida!), sugiro a leitura de dois textos divulgados na internet, em sites diferentes, mas que tratam de Educação. Um se intitula Nota boa no Enem vai muito além do esforço pessoal. E eu acrescento a essa tese o fato de que não é só a nota boa um índice de que se aprendeu. Há outros fatores. Um deles é o relacionamento que o aluno tem com o professor, com a educação, com o conhecimento e com a escola. A respeito disso, pode-se ver a opinião de Edgard Piccoli, da MTV, numa entrevista ao blog Amigos do Educar.Vejo como uma iniciativa muito importante as pessoas da mídia demonstrarem interesse em discutir o tema e em se mobilizar em favor de um direito básico tão desrespeitado neste país - a Educação.
12 de novembro de 2009
Verdades e mitos sobre a educação
10/11/2009
Folha de São Paulo
Verdades e mitos sobre a educação
São Paulo, segunda-feira, 09 de novembro de 2009
SABER
VERDADE OU MENTIRA
1. SÓ PAGAR MELHOR O PROFESSOR JÁ MELHORA O APRENDIZADO
Pesquisas nacionais e internacionais indicam que não há relação entre o salário do professor e o aprendizado dos alunos no curto prazo, já que não há impacto imediato na maneira como o professor ensina. No entanto, no longo prazo, alguns especialistas em educação afirmam que isso pode tornar a carreira de professor mais atraente, estimulando os melhores alunos do ensino médio a seguirem essa profissão.
2. MELHORAR A INFRAESTRUTURA DA ESCOLA TEM IMPACTO POSITIVO NO DESEMPENHO DOS ALUNOS
Na avaliação de alunos da oitava série na Prova Brasil de 2007, de 14 CEUs avaliados, 9 tiveram nota menor que a média da rede municipal de São Paulo. Uma das hipóteses é que, sem ter professores preparados para ensinar melhor, dispor de facilidades como piscina, teatro e recursos tecnológicos avançados não traz avanços no aprendizado dos alunos.
3. A PROGRESSÃO CONTINUADA CONTRIBUI PARA PIORAR A QUALIDADE DO ENSINO
Nesse sistema, o aluno não está sujeito a repetência ao fim de cada série, mas ao fim de cada ciclo. Segundo pesquisa de Naércio Menezes Filho, os alunos das redes com progressão continuada têm desempenho muito parecido ao dos alunos de escolas com regime seriado. "Além disto, a evasão é muito maior no segundo caso (seriado)."
4. CURSOS DE RECICLAGEM PARA PROFESSORES AJUDAM A MELHORAR O ENSINO
Estudos feitos no Brasil e no exterior mostram que os professores que fizeram os chamados cursos de formação continuada não passaram a ensinar melhor. Isso porque eles são muito teóricos e influenciam pouco na melhoria do ensino em sala de aula. Mozart Neves, presidente do Todos pela Educação e professor da UFPE, ressalta que o mais indicado seria melhorar a formação dada nas universidades.
5. GASTAR MAIS COM EDUCAÇÃO É SUFICIENTE PARA AUMENTAR O APRENDIZADO DOS ALUNOS
De acordo com levantamento feito por Menezes Filho, municípios que gastam R$ 1.000 por aluno no ensino fundamental têm a mesma nota na Prova Brasil do que municípios que gastam R$ 3.000. O economista Gustavo
Ioschpe lembra ainda que, na maioria dos casos, aumentar os gastos com educação significa elevar os salários dos professores, que não é algo que dá resultados.
6. A ESCOLA NÃO PODE AJUDAR FILHOS DE FAMÍLIAS DESESTRUTURADAS
Para aprender, o aluno deve estar bem emocionalmente, mas isso não quer dizer que a escola deve se eximir de seu papel de educar, diz Magdalena Viggiani Jalbut, do Instituto Superior de Educação Vera Cruz. Além disso, mesmo no caso de uma família fora do padrão (quando mãe e pai não estão interessados na educação do filho), qualquer outro parente, até um primo, pode estimular a criança a aprender, segundo estudos feitos na França citados por Maria Letícia Nascimento, da Faculdade de Educação da USP.
7. SISTEMAS DE ENSINO APOSTILADOS TOLHEM A AUTONOMIA DO PROFESSOR
Estudos feitos por Paula Louzano, doutora em educação pela Universidade Harvard (EUA), mostram que municípios de SP que usam esses métodos estruturados (como os do COC e do Anglo, com apostilas) tiveram desempenho superior na Prova Brasil, na comparação com as demais redes municipais. Em entrevista com professores que usam o sistema, 84% disseram que o desempenho dos alunos melhorou e 36% que o material estimula o aprendizado.
TEXTO EXTRAÍDO DO SITE WWW.STELLABORTONI.COM.BR